No discurso, o prefeito chamou o secretário de Saúde e afirmou: “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [Caruzo, secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara! É no máximo dois. Fazer uma lei lá na Câmara. É no máximo dois, porque haja creche pra ser ‘construído’ nos próximos anos”.
O caso teve grande repercussão na mídia e o Ministério Público recolheu diversas notícias sobre o ocorrido para a investigação. Foi dado um prazo de dez dias para que o prefeito se manifeste sobre o teor de seu discurso, no qual defendeu a “castração” das “meninas” da cidade.
Segundo o Ministério Público, é importante comprovar documentalmente quais medidas de controle populacional foram realmente implantadas durante o governo do prefeito, como a quantidade de cirurgias de laqueadura e vasectomia, os critérios para aprovação dessas cirurgias e a distribuição de preservativos e outros métodos contraceptivos na rede municipal de saúde.
Além disso, o Solidariedade decidiu expulsar o prefeito do partido de forma unânime após suas declarações sobre a castração de meninas. O partido afirmou que a defesa dos direitos das mulheres e a luta contra qualquer forma de discriminação são valores fundamentais para eles.
O prefeito se manifestou em suas redes sociais, alegando que não teve a intenção de ofender nenhuma parcela da população, principalmente as mulheres. Ele reconheceu que houve um equívoco na troca do termo técnico, “laqueadura”, pela palavra “castrar”, mas ressaltou a importância do assunto do planejamento familiar. Ele lamentou se sua colocação inadequada ofendeu algumas pessoas.
O caso continua sendo investigado pelo Ministério Público e novas informações serão divulgadas posteriormente.