Além disso, as projeções para os próximos anos também indicam uma trajetória positiva. Para 2024, espera-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5%. Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão de 1,95% e 2%, respectivamente.
Essas expectativas são reforçadas pelos resultados do segundo trimestre de 2023, que superaram as projeções. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira teve um crescimento de 0,9% em relação aos primeiros três meses do ano. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi ainda maior, com uma alta de 3,4%.
Esses resultados positivos refletem-se também no acumulado dos últimos meses. O PIB apresenta uma alta de 3,2% nos últimos 12 meses e uma alta acumulada de 3,7% no primeiro semestre de 2023.
Em relação à inflação, as projeções mostram uma queda na expectativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A previsão passou de 4,93% para 4,86% em 2023. Para 2024, a estimativa é de uma inflação de 3,86%. Já para 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% para ambos os anos.
Apesar dessa queda, a expectativa para 2023 está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A fim de controlar a inflação e atingir a meta, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento. A Selic atualmente está em 13,25% ao ano, mas há perspectivas de redução. Na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), espera-se uma redução para 12,75% ao ano.
Essas expectativas estão alinhadas com as projeções do mercado financeiro, que estima que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a previsão é de uma queda para 9% ao ano. Já para 2025 e 2026, a estimativa é de uma Selic de 8,5% ao ano.
A taxa básica de juros influencia diretamente o crédito e, consequentemente, o consumo e a produção da economia. Quando a Selic é reduzida, espera-se que o crédito fique mais barato, estimulando a atividade econômica. Por outro lado, quando a taxa é elevada, busca-se conter a demanda aquecida e controlar a inflação.
Por fim, em relação à cotação do dólar, as projeções indicam uma expectativa de R$ 4,95 para o final de 2023 e R$ 5 para o final de 2024.
É importante ressaltar que essas projeções são baseadas em análises do mercado financeiro e podem sofrer alterações de acordo com os acontecimentos econômicos e políticos do país.