O PIPE, lançado pela FAPESP em 1997, já apoiou 1.871 empresas sediadas em 167 cidades paulistas. Essas empresas desenvolveram tecnologias que atualmente são exportadas para diversos países. No entanto, muitas delas enfrentam dificuldades para expandir seus mercados, principalmente pela falta de acesso a financiamentos e investidores. Uma pesquisa realizada com empresas egressas do PIPE revelou que três quartos delas não receberam nenhum investimento financeiro.
Com o objetivo de auxiliar as startups paulistas a superar esse obstáculo, a FAPESP aprovou a diretriz de investir R$ 150 milhões nos próximos seis anos em novas iniciativas que visem diversificar o apoio às pequenas empresas inovadoras apoiadas pelo PIPE. Entre as ações previstas estão parcerias com plataformas de oferta online de títulos de empresas privadas, grupos de investidores-anjo, programas de aceleração e participação em fundo garantidor para tomada de crédito.
Além disso, a FAPESP aderiu recentemente aos fundos Criatec 4 e Indicator 2 IoT, patrocinados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nos quais irá aportar R$ 30 milhões em cada um. Essas iniciativas têm o objetivo de possibilitar às empresas escalarem seus mercados, através do fornecimento de recursos financeiros.
A FAPESP também irá cadastrar plataformas de oferta online de títulos de empresas privadas e grupos de investidores-anjo interessados em realizar rodadas de investimentos para empresas financiadas pelo PIPE. A ideia é direcionar recursos de fomento para projetos de pesquisa, em contrapartida aos recursos provenientes dessas rodadas de investimentos.
Para complementar essas ações, a FAPESP também irá cadastrar aceleradoras interessadas em prestar serviços para empresas do PIPE, que receberão recursos financeiros para contratá-las. Atualmente, a Fundação já financia programas de aceleração em parceria com o Sebrae-SP e a Finep.
Com essas iniciativas, a FAPESP busca impulsionar o crescimento das startups e promover o desenvolvimento científico e tecnológico em São Paulo. A expectativa é que esses investimentos contribuam para o fortalecimento do ecossistema empreendedor e para a geração de inovação e empregos no Estado.