O trágico incidente ocorreu durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense. Heloisa foi atingida na nuca e no ombro por disparos efetuados pelos agentes da PRF. Ela foi levada para o Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde estava na UTI desde então.
O pai da criança, William Silva, relatou que uma viatura da PRF começou a seguir o carro em que estavam, na altura de Seropédica, na Baixada. Quando ele deu sinal de parada, os agentes abriram fogo contra o veículo, atingindo Heloisa. Além da menina, estavam no carro seus pais, uma irmã de 8 anos e uma tia.
De acordo com a equipe médica que cuidava de Heloisa, ela apresentava múltiplos ferimentos causados por tiros de arma de fogo. Pelo menos dois tiros a atingiram, sendo um no ombro e outro na nuca, que se fragmentou. O número de disparos exato só poderá ser confirmado após a perícia.
Os três policiais envolvidos no incidente foram afastados de suas funções e a arma utilizada também foi apreendida. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e pela Corregedoria-Geral da PRF. O agente Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter efetuado os disparos, alegando ter ouvido barulhos de tiros antes de atirar. No entanto, essa versão não condiz com o relato do pai e de uma testemunha.
A responsável pela área de direitos humanos da PRF, Liamara Cararo Pires, declarou que a morte de Heloisa vai contra as diretrizes da corporação. Além disso, estão sendo investigados também os motivos que levaram um agente da PRF a entrar disfarçado na UTI onde a menina estava internada. O policial esteve no local sem se identificar ou obter autorização, alegando ser um “assunto policial”.
A PRF emitiu uma nota manifestando extremo pesar pela morte de Heloisa e oferecendo apoio psicológico à família. A prefeitura de Duque de Caxias também expressou solidariedade aos familiares da pequena Heloisa.
Infelizmente, essa não é a primeira vez que uma pessoa é morta em ações da PRF no Rio de Janeiro. Em julho, Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, também foi baleada durante uma ação da PRF na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias. A corporação afastou o agente responsável e está investigando o caso.
Fica evidente a urgência de uma investigação rigorosa para esclarecer todos os detalhes desse trágico incidente e garantir que situações como essa não se repitam. A PRF, como uma instituição responsável pela segurança nas rodovias, deve zelar pela vida e integridade de todos os cidadãos.