A cooperação entre Brasil e Cuba nessas áreas pode trazer benefícios mútuos. Atualmente, o Brasil possui um déficit de US$ 20 bilhões com a importação de medicamentos, o que torna essas parcerias ainda mais importantes. Nísia Trindade afirmou que qualquer iniciativa que agregue desenvolvimento, pesquisa e conhecimento tecnológico é de interesse brasileiro. Ela destacou que a lógica do ganha-ganha é desejada pelo país.
Além disso, as ministras indicaram que a cooperação poderá se estender para áreas mais amplas, como a bioeconomia. O memorando de entendimentos firmado em 2022 com o governo cubano também será retomado, fortalecendo ainda mais os laços entre os dois países.
Outro ministério envolvido na retomada da cooperação é o Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pelo ministro Paulo Teixeira. Ele anunciou que Brasil e Cuba devem manter parcerias, principalmente, na agricultura familiar e em temas como genética de espécies agroalimentares, bioinsumos, agricultura de conservação, entre outros. Teixeira ressaltou que pretende assinar um memorando de entendimentos com o Ministério da Agricultura de Cuba.
Além dos ministros, técnicos da Embrapa, do Conab e do Incra também participaram da comitiva brasileira em Havana. Eles tiveram a oportunidade de se reunir com representantes cubanos para trocar conhecimentos e informações.
A retomada dessa cooperação entre Brasil e Cuba representa uma oportunidade não só para fortalecer as relações entre os dois países, mas também para impulsionar o desenvolvimento econômico e científico no Brasil, principalmente na área farmacêutica e agrícola. O intercâmbio de conhecimentos e tecnologias pode contribuir para a redução do déficit na importação de medicamentos e o fortalecimento da agricultura familiar. A expectativa é de que essa parceria traga benefícios para ambas as nações, promovendo o progresso e a inovação.