Condomínios de São Paulo adotam medidas de segurança para lidar com aumento de roubos e furtos em bairros nobres

Moradores de Moema, um bairro nobre da zona sul da capital paulista, estão buscando alternativas para lidar com a crescente sensação de insegurança na região. Diante do aumento de relatos de roubos e furtos entre os moradores, um grupo de condomínios decidiu reforçar a segurança por meio da troca de informações e do treinamento das equipes de zeladores e porteiros.

O grupo, que hoje conta com mais de cem condomínios, surgiu há três anos em resposta aos problemas de segurança em Moema. A ação se mostra eficaz no combate à insegurança e serve como exemplo diante de casos recentes como a invasão armada em um condomínio de luxo no Morumbi.

Além da iniciativa dos moradores, a popularização das centrais de monitoramento e a utilização de tecnologias como as portarias remotas e a inteligência artificial também têm sido adotadas para melhorar a segurança dos condomínios. Drones com sensores térmicos e câmeras associadas a sistemas analíticos são algumas das soluções já utilizadas.

No entanto, especialistas alertam que a eficácia desses equipamentos depende do treinamento adequado tanto dos profissionais responsáveis pela segurança quanto dos próprios moradores. Segundo Chen Gilad, chefe do grupo Haganá, é essencial investir em controle de acesso estrito e em uma análise humana para garantir a segurança dos condomínios.

Entre as falhas mais comuns identificadas pelos especialistas estão portas deixadas abertas e informações imprecisas para a liberação de acesso a visitantes e entregadores. Por isso, é fundamental estabelecer um sistema de triagem para a chegada de visitantes, incluindo a autorização e a realização de cadastro, além de áreas específicas para despacho e recebimento de encomendas.

A presença ostensiva de equipamentos de segurança, como câmeras, cercas elétricas e sistemas de alarme, também é importante para inibir a ação de criminosos. A detecção precoce de comportamentos suspeitos é facilitada pela utilização de inteligência artificial, que pode gerar alertas em casos de aglomerações ou pessoas vagando em frente aos condomínios de forma desordenada.

No entanto, é importante ressaltar que a segurança dos condomínios não depende apenas das medidas adotadas pelas administrações. A participação ativa dos moradores, como ligar para o número de emergência em casos de assalto e participar de reuniões de associações de bairro e conselhos comunitários de segurança, também é imprescindível.

Diante dos riscos trazidos por golpistas, os condomínios também têm alertado os moradores sobre a importância de não divulgar informações pessoais, como nome completo, endereço e CPF, que podem ser utilizadas para a prática de crimes. A destruição adequada de etiquetas e documentos contendo essas informações é essencial para evitar problemas.

De acordo com a delegada Jacqueline Valadares, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, é preciso estar atento aos riscos e adotar as precauções necessárias para evitar golpes e violações de segurança.

Diante do cenário de insegurança, é fundamental que os condomínios estejam preparados para lidar com os desafios e adotem medidas eficazes para proteger os moradores e garantir a tranquilidade e o bem-estar de todos.

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