Marinho ressaltou a importância de manter a serenidade e inteligência no enfrentamento dessas situações, sem perder a indignação. Segundo ele, é preciso defender os valores indeléveis que compõem a sociedade brasileira, mesmo que isso signifique tolerar expressões exageradas.
Durante sua fala, o parlamentar mencionou trechos dos votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso e Alexandre de Moraes sobre a liberdade de expressão. Alexandre de Moraes destacou que esse direito constitucional protege até mesmo opiniões duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas e humorísticas.
Marinho também informou que cobrou da Advocacia-Geral da União (AGU) uma atuação mais efetiva no combate às fake news. Ele revelou que já se pronunciou três vezes junto à AGU solicitando que o presidente da República seja questionado sobre a divulgação de informações falsas. O senador citou como exemplo uma declaração em que o presidente afirmou desconhecer a existência do Tribunal Penal Internacional, o que afetou a relação entre os países.
Além disso, Marinho lembrou o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não seria preso caso viesse ao Brasil, contrariando preceitos do acordo. Para o senador, é importante que a Presidência da República esteja ciente de situações como essa, que afetam diretamente a relação entre os países.
O pronunciamento do senador Rogério Marinho evidencia a preocupação com a liberdade de expressão no Brasil. Ele destaca a importância de defender os valores que fundamentam a sociedade brasileira, mesmo quando confrontados com declarações exageradas. Além disso, ele ressalta a necessidade de uma atuação mais efetiva na fiscalização e combate às fake news, a fim de evitar prejuízos nas relações diplomáticas do país.