Ao tentarem abordá-los, dois suspeitos pularam na água enquanto o terceiro fugiu em alta velocidade na lancha. No entanto, os policiais conseguiram alcançá-lo e prendê-lo.
Um dos principais objetivos da 5ª Companhia de Polícia Militar Ambiental Marítima é combater a pesca ilegal, predatória e preservar as espécies marinhas, especialmente aquelas ameaçadas de extinção, além de também lidar com o combate à pirataria. A região conta com uma extensão de 700 quilômetros de costa e mais de mil hectares de áreas de proteção ambiental marinha.
No primeiro semestre deste ano, a companhia registrou mais de 700 ocorrências nas áreas ambientais e criminais, além de realizar apoios e resgates. Durante esse período, foram apreendidos quase 600 quilos de cocaína que seriam enviados por navio para o exterior, e 22 infratores foram presos.
De acordo com o capitão Fernando Burgos, comandante da 5ª Companhia, o policiamento preventivo é realizado nas áreas com maior densidade populacional e com maior incidência de crimes ambientais, o que também acaba incluindo crimes comuns como tráfico de drogas, roubos e furtos.
Para combater os crimes na água, a Polícia Ambiental utiliza um trabalho de inteligência para monitorar os locais mais propensos a furtos e roubos. “Nós patrulhamos a região, fiscalizamos a pesca e também realizamos ações preventivas para impedir esses crimes”, afirmou o capitão.
Essa atuação tem trazido resultados positivos nos últimos anos. Anteriormente, havia ocorrências de roubos contra pescadores amadores, que tinham seus equipamentos de pesca esportiva visados pelos criminosos. A partir das denúncias, a Polícia Militar Ambiental intensificou o patrulhamento e, atualmente, não há mais registros desse tipo de crime na região.
A 5ª Companhia de Polícia Ambiental Marítima conta com três pelotões náuticos localizados estrategicamente em Guarujá, Ubatuba e Cananéia para atender toda a extensão do litoral. Além disso, possuem diferentes tipos de embarcações, inclusive uma blindada equipada com câmera de monitoramento e infravermelho, utilizada para o patrulhamento náutico ao longo da costa, rios, canais, estuários e portos de Santos e São Sebastião.
De acordo com o sargento Eduardo de Lima Araújo, do grupo de patrulha tática, a geografia da região facilita a atuação da criminalidade, com os criminosos utilizando os canais que circundam as cidades litorâneas como rota de fuga e para a prática de crimes como tráfico de drogas e armas. No entanto, a intensificação da fiscalização nos pontos estratégicos do litoral tem contribuído para a prevenção desses crimes.
“A nossa atuação no mar proporciona segurança e uma resposta em terra que a população não enxerga, mas que é essencial para a integração com os policiais que atuam no território”, finalizou o capitão Burgos.