Debate na Câmara dos Deputados discute a situação dos quilombolas no Brasil e destaca dados inéditos do Censo 2022

Nesta quarta-feira (13), a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados irá promover um debate sobre a situação dos quilombolas no Brasil. O evento contará com três mesas-redondas que abordarão temas como o Censo 2022 do IBGE sobre as populações quilombolas, propostas de políticas públicas e defesa dos direitos das mulheres quilombolas, além de políticas de combate ao racismo e a efetividade dos direitos das comunidades quilombolas.

Um dos principais pontos desta discussão é o Censo de 2022, que pela primeira vez trouxe dados sobre a população quilombola do país. De acordo com o estudo do IBGE, o Brasil possui 1,32 milhão de quilombolas, residentes em 1.696 municípios. Essa inclusão do recorte populacional é considerada relevante para a compreensão da diversidade territorial e dos desafios enfrentados por essa comunidade.

A deputada Reginete Bispo (PT-RS), uma das autoras do pedido para a realização do debate, ressalta a importância da produção de dados oficiais pelo Brasil e dos desafios em pensar políticas públicas para a população quilombola. Ela afirma que é fundamental compreender a diversidade territorial e os desafios relacionados ao acesso à terra.

Outra deputada que contribuiu para a realização do debate é Luizianne Lins (PT-CE). Para ela, a luta quilombola é marcada pela participação feminina, o que torna necessário fortalecer o enfrentamento à violência contra as mulheres quilombolas e lutar pela igualdade racial, social, de gênero, geração e etnia, além de proteger seus territórios.

O debate será realizado no plenário 9, às 14h30. Diversos convidados e especialistas estarão presentes para contribuir com a discussão e trazer novas perspectivas sobre a situação dos quilombolas no Brasil.

Esta é uma oportunidade importante para ampliar o conhecimento e conscientização sobre as questões enfrentadas pelos quilombolas e promover a elaboração de políticas públicas efetivas para garantir seus direitos e proteger suas comunidades.

Desta forma, o debate na Câmara dos Deputados se mostra como uma iniciativa relevante para a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo, fortalecendo a luta quilombola e garantindo a visibilidade e o reconhecimento dessa importante parcela da população brasileira.

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