Durante o culto em Taguatinga, no Distrito Federal, Michelle afirmou: “Como dói, irmãos, ver que muitos que falavam que comungavam da nossa mesma fé compactuam com tudo aquilo que vai na contramão dos valores específicos do nosso Deus”. Bolsonaro foi até ela e a abraçou no palco no início do discurso.
O acordo de delação premiada com Mauro Cesar Barbosa Cid foi fechado no feriado da Independência. O ex-ajudante de ordens está preso desde o dia 3 de maio e é investigado por fraudar os cartões de vacinação do ex-presidente e sua filha, além de ser apontado como peça central em um suposto esquema de venda de joias e artigos de luxo que Bolsonaro recebeu durante agendas oficiais.
No culto, Michelle desabafou sobre as dificuldades que tem enfrentado e falou sobre as perseguições que tem sofrido: “Eles vão nos atacar. O Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que seríamos perseguidos, todos aqueles que tivessem Cristo como Senhor e Salvador seriam perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados”, afirmou. A ex-primeira-dama comparou o governo do marido ao de Luiz Inácio Lula da Silva e lembrou das orações que costumava fazer no Palácio do Alvorada.
Jair e Michelle Bolsonaro estavam acompanhados de parlamentares do PL: o senador Magno Malta e o deputado federal Marcos Feliciano. A Polícia Federal suspeita que o ex-presidente coordenava e se beneficiava de um suposto esquema de venda internacional de presentes recebidos nos compromissos oficiais. Michelle também é investigada sob suspeita de desviar algumas joias recebidas pelo marido.
No dia 31 de agosto, o casal e outros investigados no caso foram ouvidos pela Polícia Federal. Michelle e Bolsonaro optaram por ficar em silêncio durante o depoimento. Nas próximas semanas, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes irá decidir se aceita o acordo de delação premiada de Mauro Cesar Barbosa Cid.