Segundo relatos dos familiares, a criança estava dentro do carro da família, na altura de Seropédica, quando foi alvejada pelos disparos efetuados pelos agentes da PRF. Três policiais foram afastados de suas funções e a arma utilizada por um deles foi apreendida.
No total, sete crianças de até 14 anos já perderam a vida vítimas de disparos no estado e outras 11 ficaram feridas, sendo que a maioria das vítimas acabou sendo atingida por balas perdidas.
Entre as crianças vitimadas pela violência armada, cinco delas foram baleadas durante ações e operações policiais, resultando na morte de duas delas e deixando outras três feridas.
O último relatório mensal divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado destaca que o mês de agosto foi marcado por violações contra crianças e adolescentes. Durante os 31 dias do mês passado, a região metropolitana do Rio de Janeiro registrou oito crianças e adolescentes de 0 a 17 anos baleados, sendo que uma criança e cinco adolescentes perderam a vida. Além disso, uma criança e um adolescente ficaram feridos.
O número de casos é maior do que o registrado no mesmo período em 2022. Em agosto do ano passado, foram registradas seis crianças feridas por tiros na região metropolitana do Rio, resultando na morte de duas delas.
O último caso ocorrido no mês passado foi o de Bernardo, de apenas 8 anos, que foi baleado durante um confronto entre supostos membros de milícias rivais em Santa Cruz, zona oeste da capital fluminense. No mesmo tiroteio, duas mulheres, incluindo a mãe do garoto, Stefany Santos de Barros, de 23 anos, perderam a vida. O menino passou por cirurgia e segue internado no Hospital Municipal Pedro 2º.
A última criança que perdeu a vida devido à violência armada no Rio foi Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos, que foi atingida enquanto brincava em sua própria cama, dentro de casa, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. A menina foi baleada durante uma operação da Polícia Militar na comunidade. Um adolescente de 17 anos também morreu na mesma ação.
Estes casos evidenciam a grave situação de violência que atinge as crianças na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde elas estão sendo vítimas indiscriminadas de tiroteios, colocando em risco suas vidas e suas infâncias. É necessário que as autoridades tomem medidas efetivas para combater essa violência e garantir a segurança das crianças e adolescentes.