Esses investimentos serão direcionados para a compra e desenvolvimento de equipamentos aéreos, navais e terrestres. A intenção é fortalecer as Forças Armadas do país e garantir a proteção das fronteiras. Entre os equipamentos que serão adquiridos estão aeronaves cargueiro, caças Gripen, helicópteros leves e de médio porte, submarinos, navios-patrulha e viaturas blindadas. Além disso, serão implantados sistemas de controle de faixa de fronteira.
O Ministério da Defesa destaca que o setor de defesa brasileiro representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos, diretos e indiretos. Diante disso, especialistas consideram que o investimento no setor é necessário não apenas para garantir a soberania territorial do Brasil, mas também para impulsionar a indústria de defesa e gerar empregos qualificados.
O valor disponibilizado para o Exército é de R$ 12,4 bilhões, que serão utilizados para aquisição de viaturas blindadas, helicópteros, veículos aéreos não tripulados e modernização de helicópteros. Além disso, está previsto o desenvolvimento do Programa Estratégico Astros, que visa à implantação de uma unidade de mísseis táticos de cruzeiro de longo alcance.
A Marinha receberá R$ 20,6 bilhões para projetos como a construção do primeiro submarino nuclear do país, a construção do estaleiro e da base naval para esse submarino, além da construção de três submarinos convencionais. Esses investimentos visam fortalecer a capacidade de dissuasão do Brasil em relação a possíveis ameaças externas.
Já a Aeronáutica terá R$ 17 bilhões para a aquisição de aeronaves de caça multiemprego, como o F-39 Gripen NG, e a produção de aeronaves cargueiro. O objetivo é aumentar a capacidade da Força Aérea Brasileira (FAB) nas áreas de controle aeroespacial, interdição, inteligência, reconhecimento e proteção da força.
Além disso, estão previstos R$ 2,4 bilhões para projetos do Estado-Maior, como a compra de helicópteros leves e de médio porte que serão utilizados em missões de treinamento e operações na Marinha.
Segundo especialistas, além de impulsionar o desenvolvimento econômico, o investimento na defesa é fundamental para garantir a soberania nacional, especialmente em um cenário de instabilidade geopolítica. Com a crescente rivalidade entre China e Estados Unidos, é importante que o Brasil tenha capacidade de autodefesa.
Em resumo, o investimento de R$ 52,8 bilhões destinado ao setor de defesa nacional e monitoramento das fronteiras por meio do PAC será fundamental para fortalecer as Forças Armadas brasileiras, garantir a segurança do país e impulsionar a indústria de defesa. Além disso, é uma medida essencial para preservar a soberania territorial brasileira em um contexto geopolítico cada vez mais complexo.