No bairro Santa Cândida, os agentes constataram que havia mais de 60 internos na comunidade terapêutica. O que chamou a atenção das autoridades foi o fato de que alguns pacientes estavam privados de liberdade, sendo mantidos ali contra a própria vontade. Ao prosseguirem com as diligências, foi informado que havia outro local no mesmo bairro, onde mais de 40 pessoas estavam na mesma situação. Entre os pacientes, havia um foragido da Justiça que possuía um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
Diante desse grave cenário, sete pessoas que estavam trabalhando nas clínicas, incluindo o proprietário, acabaram sendo conduzidas para a delegacia. Além disso, o paciente que possuía mandado de prisão também foi levado pelas autoridades. Todos os pacientes foram identificados e a equipe de assistência social da prefeitura de Itaguaí facilitou o contato com seus familiares, visando fornecer o apoio necessário nesse momento delicado.
Vale ressaltar que a ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil, que dará sequência às investigações e tomará as medidas cabíveis para apurar os responsáveis por essa situação degradante. Afinal, é lamentável constatar que existam pessoas vivendo em uma comunidade terapêutica sem o seu consentimento, tendo seus direitos fundamentais violados.
Esse caso reforça a importância das parcerias entre órgãos de segurança e o Ministério Público para combater situações de vulnerabilidade e resguardar os direitos humanos. É fundamental que a sociedade se mantenha atenta e denuncie possíveis abusos ou irregularidades em clínicas ou instituições semelhantes, garantindo assim a proteção e o bem-estar daqueles que necessitam de cuidados especiais.