A primeira usina em operação é a do Guaraú, localizada junto à Estação de Tratamento de Água (ETA). Antes, a água passava por válvulas dissipadoras de energia, mas agora ela segue para turbinas que transformam a energia em eletricidade. Com capacidade de geração de 4,1 megawatts (MW), a usina contribuirá para evitar a emissão de 12.700 toneladas de CO2 por ano. A energia gerada é suficiente para atender o consumo de 330 residências por uma hora e está sendo comercializada com uma operadora de telefonia.
Além da usina do Guaraú, a Sabesp está construindo outra usina, chamada CGH Cascata, que tem previsão para entrar em operação em dezembro. Essa usina, com capacidade para gerar 2,9 MW, aproveitará o potencial do canal que liga a represa Atibainha até a represa Paiva Castro, onde há uma estrutura hidráulica que dissipa a velocidade da água. A represa Atibainha faz parte do conjunto de barragens que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, ressaltou a importância do sistema Cantareira não só para garantir a segurança hídrica do Estado de São Paulo, mas também para possibilitar múltiplos usos dos recursos hídricos, como a geração de energia. Ela afirmou que isso está de acordo com o desenvolvimento sustentável buscado pelo estado.
Durante a visita às instalações, a secretária também conheceu a Estação Elevatória Santa Inês, a maior da Sabesp, responsável por bombear água de diversas represas até a represa Águas Claras, situada no topo da Serra da Cantareira. Essa estação tem capacidade para impulsionar 33 mil litros de água por segundo e opera com conjuntos de motobombas subterrâneas.
É importante ressaltar que as barragens do Sistema Cantareira são operacionalizadas e monitoradas pela Sabesp, sendo fiscalizadas pelo Departamento de Água e Energia (DAEE) e pela Agência Nacional das Águas (ANA). O aprimoramento contínuo do sistema é feito com o uso de ferramentas de simulação hidrológica e sistemas automatizados, que contribuem para uma melhor operação e aproveitamento dos recursos hídricos do estado.
Segundo a superintendente do DAEE, Mara Ramos, o Sistema Cantareira é uma das obras de engenharia mais relevantes para as duas regiões mais populosas do estado. Ela destacou a importância das ferramentas modernas de simulação hidrológica e sistemas automatizados para garantir a melhor operação e aproveitamento dos recursos hídricos.