A década de 1940 marcou os primeiros doutoramentos de mulheres negras em matemática nos Estados Unidos, e essas três mulheres se destacaram entre elas. No entanto, é importante ressaltar que também existiram outras pioneiras menos conhecidas. Uma delas foi Euphemia Haynes, que se doutorou em 1943 pela Universidade Católica da América. Haynes lecionou em escolas públicas e universidades de Washington, D.C., durante quase meio século. Ela se tornou a primeira mulher a presidir o Conselho de Educação da capital norte-americana e contribuiu para eliminar um sistema de seleção de alunos que discriminava negros. Mesmo após a aposentadoria, Haynes continuou ativa em organizações filantrópicas católicas e recebeu a Medalha Papal de Honra das mãos do papa João 23.
Outra figura importante foi Evelyn Boyd Granville, a segunda doutora em matemática negra nos Estados Unidos. Criada por sua mãe e sua tia, ela concluiu seu doutorado em 1949 pela Universidade de Yale. Granville lecionou em diversas universidades antes de ingressar na IBM em 1956 como programadora de computadores. Na empresa, ela participou de projetos para a NASA, incluindo o programa Apollo, que levou os primeiros homens à Lua. No entanto, Granville também enfrentou discriminação racial durante sua carreira. Em 1951, ela e um grupo de colegas foram vítimas de discriminação em uma conferência da Mathematical Association of America no sul dos Estados Unidos. Esse incidente levou ao estabelecimento de políticas antidiscriminatórias em atividades científicas.
Essas mulheres negras e suas realizações extraordinárias são verdadeiros exemplos de coragem, dedicação e perseverança. Seus feitos abrem caminho para futuras gerações de mulheres na ciência, provando que qualquer obstáculo pode ser superado com determinação e talento.
Essas histórias inspiradoras foram eternizadas no filme “Estrelas Além do Tempo”, que celebrou a contribuição dessas mulheres para a NASA. No entanto, é fundamental reconhecer e valorizar não apenas essas três figuras conhecidas, mas também as inúmeras outras mulheres que desafiaram as expectativas e deixaram um legado na ciência e na sociedade como um todo.
O livro “101 Mulheres Incríveis que Transformaram a Ciência” é uma importante fonte de inspiração e conhecimento, trazendo à tona a história de mulheres que foram pioneiras em suas áreas e que merecem ser lembradas e celebradas. Suas histórias nos mostram que a ciência não tem barreiras e que as mulheres têm um papel fundamental na construção do conhecimento e na promoção do progresso científico.