O anúncio das prisões foi feito pelo secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, em entrevista coletiva na sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção a Pessoas da Polícia Civil (DHPP). Marcelo Werner ressaltou que a motivação do crime ainda está em fase de investigação e que não pode ser revelada no momento para não prejudicar as investigações em andamento.
A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, também reforçou a importância de apurar a veracidade das informações fornecidas pelo preso que confessou o homicídio. Segundo ela, é necessário verificar se a versão apresentada pelos suspeitos condiz com a verdade e, por isso, qualquer informação fornecida agora pode não ser a verdade absoluta.
As investigações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia apontam que os envolvidos podem fazer parte de um grupo criminoso responsável pelo tráfico de drogas e homicídios na região de Simões Filho. Os três suspeitos presos têm diferentes participações no crime, mas suas identidades não foram reveladas para não comprometer a investigação.
Marcelo Werner informou que um dos suspeitos foi preso na cidade de Araçás, a 105 km de Salvador, na última sexta-feira (1º). Ele confessou ser o executor da vítima e já possui antecedentes criminais. O segundo suspeito, detido no dia 25 de agosto, estava com os celulares da vítima e de seus familiares, que foram roubados no dia do crime. Já o terceiro detido é um mecânico que guardava duas armas de calibres compatíveis com as encontradas no local do crime.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, mencionou o caso da Mãe Bernadete durante um seminário sobre questões raciais no Poder Judiciário em Brasília. Ela destacou a importância de combater a impunidade e garantir a defesa dos direitos da população negra.
O Observatório das Causas de Grande Repercussão, formado pelo CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), irá acompanhar as apurações sobre o assassinato de Mãe Bernadete e de seu filho, ocorrido em 2017. Os casos estão aparentemente relacionados à defesa da causa quilombola em território sob conflito fundiário.
A família de Mãe Bernadete foi retirada da comunidade Quilombo Pitanga do Palmares como medida de proteção após o assassinato da líder quilombola. Agora, as autoridades continuarão com as investigações para esclarecer todos os detalhes do crime e garantir a justiça para a vítima e sua família.