Plínio Froes, sócio do grupo Scenarium, que comanda empreendimentos na rua do Lavradio, afirma que quase precisou fechar as portas de seus estabelecimentos, mas agora eles estão voltando lentamente e estão a pleno vapor. A região do centro está cheia de vitalidade e a ideia é transformá-la em uma zona sul estendida, de acordo com o subprefeito Alberto Szafran.
Embora haja áreas que ainda precisam ser ordenadas, como o arco do Teles e o Passeio Público, a região da Glória está em uma fase melhor. A prefeitura transferiu o bairro da zona sul para a subprefeitura do centro, reformou praças e autorizou mais eventos de rua.
No entanto, a ocupação para moradia ainda é um desafio. O programa Reviver, que transforma imóveis comerciais em residenciais, emitiu 29 licenças de construção em dois anos, totalizando 2.422 unidades de moradia. Um projeto de lei foi enviado à Câmara do Rio para incentivar investimentos na área central, oferecendo bônus às construtoras. No entanto, urbanistas e moradores da zona sul questionam a estratégia, pois acreditam que os bairros já estão populosos e têm pouco espaço para crescer.
Apesar dos desafios, os índices de violência têm apresentado queda no centro do Rio de Janeiro. O total de furtos e roubos registrados em algumas delegacias diminuiu em comparação com o ano passado. A guarda municipal aumentou seu efetivo no centro e a Comlurb promoveu mudanças no planejamento de limpeza.
No geral, o centro do Rio de Janeiro está se recuperando lentamente da crise e mostrando sinais de otimismo. A reabitação da região avança, mas ainda há desafios a serem superados, como a ocupação para moradia e os problemas de segurança. No entanto, as medidas tomadas pela prefeitura e o esforço dos empresários e moradores estão contribuindo para a revitalização do centro da cidade.