Segundo a Promotoria do Condado de Chester, Cavalcante foi flagrado pelas imagens durante a madrugada, trajando calças, uma camiseta clara e tênis branco. O fugitivo possui cabelos longos, cacheados e pretos, e estava carregando uma mochila.
As autoridades americanas oferecem uma recompensa de até US$ 10 mil (cerca de R$ 50 mil) por informações que levem à captura de Cavalcante. Mais de cem policiais estão envolvidos nas operações de busca pelo foragido.
A promotora Deb Ryan, do Condado de Chester, afirmou que existia a possibilidade de Danilo tentar retornar ao Brasil. Segundo ela, “Temos evidências que sugerem que ele foi capturado na Virgínia, mas o objetivo final era ir para o México e depois para o Brasil, que é seu país natal”.
Após a fuga, na quinta-feira, ele teria sido visto caminhando em uma estrada na cidade de Pocopson, na Pensilvânia. O brasileiro é considerado extremamente perigoso pelas autoridades americanas.
Cavalcante foi condenado em agosto deste ano pelo assassinato de sua ex-namorada. O crime ocorreu em abril de 2021, em Phoenixville. Deborah, que tinha 34 anos, foi morta na frente de seus dois filhos, com quem morava nos Estados Unidos. Ela era natural de Balsas, no Maranhão.
De acordo com as investigações, Deborah era ameaçada desde o fim do relacionamento com Cavalcante. A condenação não prevê liberdade condicional.
Além disso, Cavalcante também é procurado por envolvimento em um assassinato ocorrido em 2017 no Tocantins. Ele é acusado de matar Válter Júnior Moreira dos Reis com seis tiros. O Ministério Público apontou que o crime ocorreu por motivo torpe, devido a uma dívida que a vítima tinha com Cavalcante, relacionada ao conserto de um veículo.
Após a prisão de Cavalcante em 2021, a Polícia Federal no Tocantins solicitou a inclusão do mandado de prisão em aberto no Brasil na difusão vermelha da Interpol. No entanto, a solicitação foi negada pela Justiça, que argumentou que o julgamento deveria ocorrer nos Estados Unidos, onde o assassinato da ex-companheira ocorreu.
A defesa de Cavalcante no processo referente ao homicídio de 2017 foi feita por um representante da Defensoria Pública do estado do Tocantins. O defensor público Magnus Kelly Lourenço de Medeiros afirmou que nunca conseguiu entrar em contato com o réu após o crime e que as videoconferências previstas nunca foram realizadas.