Mães de autistas em Diadema apresentam demandas ao município em busca de melhorias para seus filhos.

No último dia 1º de setembro, mais de 50 mães de autistas se reuniram no Centro de Formação de Professores Lisete Arelaro, em Diadema, para apresentar suas demandas e buscar soluções para as dificuldades enfrentadas por seus filhos. O encontro foi considerado um marco para o início de um diálogo que visa a construção de melhores condições para as pessoas com transtorno do espectro autista.

Entre as principais sugestões e demandas apresentadas pelo grupo, destaca-se a busca por melhorias no atendimento nas áreas da saúde e educação. Jô Vieira Gomes, uma das lideranças das Mães dos Autistas de Diadema, ressaltou a importância de contar com apoio multidisciplinar, incluindo profissionais como fonoaudiólogos, psicólogos, neurologistas e terapeutas ocupacionais em todas as Unidades Básicas de Saúde.

O secretário da Saúde, Zé Antônio, informou durante o encontro que já estão sendo construídos grupos de apoio multidisciplinar e que os profissionais necessários estão sendo contratados. Além disso, a secretária da Educação, Ana Lúcia, afirmou que já está sendo atendida a demanda pela contratação de agentes de apoio escolar, um cargo novo que foi criado para trabalhar na educação inclusiva.

Ana Lucia ainda destacou o desafio da especialização de profissionais, já que o transtorno do espectro autista é recente e não foi abordado na formação dos professores. Segundo ela, é necessário pensar em estratégias para capacitar os profissionais e atender adequadamente a demanda dessa população.

Diante dessas demandas apresentadas pelas mães de autistas, o encontro em Diadema proporcionou um importante espaço para o diálogo e a busca por soluções. A participação do prefeito José de Filippi Jr., da secretária de Educação e do secretário de Saúde demonstra o comprometimento do poder público com essa causa.

Com mais de 800 estudantes da cidade inseridos no universo do transtorno do espectro autista, é fundamental que haja políticas públicas efetivas que garantam o acesso a um atendimento adequado e inclusivo. O encontro marca o primeiro passo para a construção dessas políticas e reafirma a importância de se promover ações que melhorem a qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias.

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