Maior milícia carioca tem líder capturado após ação conjunta do Gaeco e Polícia Federal. Justiça é feita.

Na noite desta quarta-feira (30), o Gaeco (Grupo de Atuação Especializada contra o Crime Organizado) e a Polícia Federal realizaram a prisão de Peterson Luiz de Almeida, de 33 anos, que estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por envolvimento com crimes de milícia e comércio ilegal de armas de fogo. Almeida é apontado como um dos líderes do “bonde do Zinho”, considerada a maior milícia em atuação no Rio.

Peterson Luiz de Almeida, também conhecido como Pet ou Flamengo, seria o chefe da milícia que atua nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, localizados na zona oeste do Rio de Janeiro, de acordo com as investigações. Até o momento, a defesa de Almeida não foi contactada para prestar esclarecimentos.

A participação de Almeida no grupo criminoso foi descoberta durante a operação Dinastia, deflagrada pelo Ministério Público em agosto do ano passado, com o objetivo de desarticular a quadrilha comandada por Antônio da Silva Braga, o Zinho.

Zinho, que está entre os criminosos mais procurados do Rio, é suspeito de ser um dos responsáveis pela morte do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, apontado como fundador da Liga da Justiça, milícia que deu origem ao “bonde do Zinho”.

O mandado de prisão contra Peterson Luiz de Almeida é temporário e foi expedido pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A prisão ocorreu na rodovia Presidente Dutra, nas proximidades de Paracambi, região metropolitana do Rio, e Almeida foi encaminhado ao sistema prisional.

De acordo com as investigações, Zinho assumiu o comando da facção após a morte de seu irmão, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, que foi morto pela Polícia Civil em junho de 2021 na comunidade de Três Pontes, também na zona oeste do Rio.

A polícia aponta que a milícia é responsável por práticas de extorsões nos bairros em que atua, cobrando valores de comerciantes em troca de oferecer segurança e monopolizando o comércio de gás, água, TV e serviços de transporte.

Até o momento, não há informações sobre o número de prisões efetuadas durante a ação que ocorreu como desdobramento da Operação Dinastia, que expediu 23 mandados.

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