A prova objetiva é parte fundamental do processo seletivo para a formação de soldados da corporação e contou com a participação de mais de 119 mil candidatos, sendo 88 mil homens e 31 mil mulheres. No dia do exame, a Polícia Militar deflagrou a Operação Aqui Não, que tinha como objetivo combater fraudes na primeira fase do concurso.
Durante a operação, 20 pessoas foram presas e encaminhadas às delegacias policiais, sendo cumpridos 19 mandados de prisão por crimes como roubo, deserção e receptação. Um ex-cabo da PM, que havia sido expulso da corporação, foi preso em flagrante por falsidade ideológica e tentativa de fraude ao concurso. Vale ressaltar que ele já respondia a uma acusação por tentativa de homicídio contra um vigilante em 2016.
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que a responsabilidade pela execução e fiscalização do concurso é do Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), empresa selecionada por processo de licitação. A corporação está apurando as denúncias e analisando as medidas que serão tomadas.
O governador Cláudio Castro lamentou as falhas ocorridas no último fim de semana e afirmou que o cancelamento da prova objetiva é a única alternativa diante do ocorrido. Ele ressaltou que o concurso da Polícia Militar recebeu o maior número de inscritos da história, demonstrando o interesse e valorização da carreira. Ao todo, 119.541 candidatos se inscreveram para concorrer a duas mil vagas, sendo 1.800 para homens e 200 para mulheres.
Castro tranquilizou os inscritos afirmando que em breve serão anunciadas as novas datas para a realização das provas, que ocorrerão ainda este ano. A medida visa garantir a lisura e a idoneidade do processo seletivo, assegurando a igualdade de oportunidades a todos os candidatos.