O ex-ministro Valério afirma que o STF prejudica o Congresso Nacional com suas intervenções indevidas, segundo o Senado.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente interferir na autonomia do Poder Legislativo ao decidir sobre matérias que são da competência do Congresso Nacional. Em pronunciamento realizado nesta quarta-feira (30), o parlamentar destacou a discussão sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal e a retomada do julgamento do marco temporal das terras indígenas como exemplos dessa interferência.

Segundo Plínio Valério, alguns ministros do STF têm se desviado de sua atribuição de garantir o cumprimento das leis e a estabilidade do ordenamento jurídico, o que comprometeria o equilíbrio entre os três poderes da República. Para o senador, esses ministros parecem esquecer que o Poder Judiciário faz parte da tríade de Poderes contemplados pela Constituição Federal, juntamente com o Poder Legislativo e o Poder Executivo, devendo ser independentes e harmônicos entre si.

No que diz respeito ao marco temporal das terras indígenas, Plínio Valério argumentou que o Judiciário não tem competência para discutir o tema. Ele afirmou que o Supremo está se imiscuindo na seara do Legislativo, independentemente de ser favorável ou contrário ao marco temporal como está proposto. O senador ressaltou que a falta de clareza e subjetividade nos critérios para demarcação de terras indígenas pode gerar incerteza. As decisões a respeito desse assunto, segundo ele, ficam a critério de agências do Executivo, que se baseiam em laudos frequentemente suspeitos e pautados em parâmetros pessoais, ao invés de factuais.

Essas declarações foram dadas por Plínio Valério em resposta às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal sobre questões legislativas. O senador acredita que o Judiciário está extrapolando sua competência e interferindo indevidamente nas atribuições do Poder Legislativo, o que seria uma afronta à Constituição Federal.

É importante ressaltar que esta é a visão do senador Plínio Valério e não representa necessariamente a opinião deste veículo de comunicação.

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