O recurso do Vasco da Gama para que o estádio pudesse receber partidas com portões fechados foi parcialmente atendido por dois votos a um. A desembargadora Renata Cotta, relatora do processo, destacou que a segurança do evento e dos consumidores é um princípio fundamental do esporte e que cabe ao clube mandante a responsabilidade por essa questão.
A magistrada também ressaltou os atos de vandalismo e desordem registrados após um jogo do Vasco da Gama contra o Goiás em São Januário no dia 22 de junho. Segundo ela, os jogos sem público realizados no estádio têm sido efetivos, uma vez que não houve incidentes nas partidas realizadas após a implementação da medida.
No entanto, Renata Cotta afirmou que o cancelamento de planos de sócios torcedores, alegado no processo, não foi devidamente comprovado. Além disso, acrescentou que a avaliação das condições de segurança do estádio após a realização de uma perícia técnica caberá ao juízo de origem, na primeira instância.
A decisão provocou reações distintas. Enquanto alguns torcedores do Vasco da Gama lamentam a continuidade do fechamento do estádio, ressaltando a dificuldade de acompanhar as partidas de seu time de coração, outros concordam que a medida é necessária para preservar a segurança de todos os envolvidos.
Agora, resta aguardar para saber quando será realizada a perícia técnica no local e qual será o parecer final do juízo de origem. Enquanto isso, os jogos do Vasco da Gama continuarão sendo realizados sem a presença de público, o que pode gerar impactos financeiros para o clube, já que alguns torcedores afirmam ter cancelado seus planos de sócios torcedores.
O Vasco da Gama ainda pode recorrer da decisão, caso entenda que a medida não está de acordo com os seus interesses. A expectativa é de que novos desdobramentos sobre esse caso aconteçam nos próximos dias.