Essa homenagem acontece em um momento complicado para o religioso, pois ele recebeu recentemente uma ameaça. Júlio Lancellotti compartilhou nas redes sociais um bilhete ameaçador que recebeu no último domingo (27). Em uma postagem no Instagram, ele revelou que encontrou o bilhete pela manhã, deixado na porta da igreja durante a madrugada.
O conteúdo ameaçador dizia que o padre é um defensor dos bandidos e que seus dias de reinado chegarão ao fim. O autor do bilhete acusou Lancellotti de ser um petista vagabundo que usa o povo em seu benefício. O religioso afirmou que não deixará essas ameaças o intimidarem.
Júlio Lancellotti é reconhecido por sua atuação em defesa dos direitos humanos e dos moradores de rua. Ele distribui alimentos e até mesmo abriga pessoas que vivem nessas condições de vulnerabilidade. O padre foi um dos primeiros a criticar a chamada “arquitetura hostil”, na qual comerciantes colocam obstáculos para impedir que moradores de rua durmam em frente a seus estabelecimentos.
No mês de março deste ano, Júlio Lancellotti foi alvo de um ataque durante uma celebração de missa na zona leste de São Paulo. Um homem interrompeu a cerimônia aos gritos de “vai sustentar vagabundos”. Essas ações de hostilidade não abalam a determinação do padre em continuar seu trabalho em prol dos mais necessitados.
A homenagem do governo a Lancellotti reconhece sua importância e contribuição para a sociedade. O padre é exemplo de dedicação e empenho em fazer a diferença na vida das pessoas que mais precisam. Espera-se que essa condecoração inspire outros a seguirem o mesmo caminho e a se engajarem na luta pelos direitos humanos e na busca por um mundo mais justo e igualitário.