Gastón Perez, presidente do Simea, ressaltou que o Brasil possui diversas alternativas para combater os efeitos do gás carbônico, responsável pelo aquecimento global. O país possui tecnologias como motores flex com etanol, biodiesel, biogás e energia elétrica gerada por fontes limpas. Além disso, o Brasil tem potencial para produzir hidrogênio verde, considerado o combustível definitivo para as próximas décadas.
Uma das alternativas destacadas é a produção de hidrogênio a partir do etanol por meio de pilhas eletroquímicas. A Universidade de São Paulo já está estudando essa tecnologia, que ainda é cara, mas apresenta grande potencial. Além disso, a eletrólise da água também pode ser uma opção viável, desde que seja utilizada energia proveniente de fontes renováveis, como a eólica, solar e hidráulica.
No entanto, para que essas soluções sustentáveis sejam viáveis, é fundamental regular um mercado de créditos de carbono. Isso permitiria que os motoristas fossem recompensados financeiramente por escolherem combustíveis menos poluentes, incentivando a transição para a mobilidade sustentável.
Outro assunto abordado no simpósio foi o investimento da fabricante chinesa BYD na Bahia. A empresa pretende investir R$ 3 bilhões no estado nordestino, mas ainda há questões a serem resolvidas, como a indenização pela fábrica de motores e câmbios da Ford que foi adquirida.
A expectativa é que a BYD inicie a produção de seu primeiro modelo nacional no último trimestre de 2024. A marca chinesa pretende fabricar veículos híbridos plugáveis e elétricos, sendo o Song Plus o primeiro modelo a ser produzido.
Por fim, foi discutido o desempenho discreto do Fiat 500e, modelo elétrico que substituiu o icônico Fiat 500. Apesar de ter tido seu preço reduzido, o subcompacto ainda não alcançou grandes números de vendas. O modelo possui algumas limitações, como o espaço reduzido no banco traseiro e o porta-malas de tamanho reduzido.
No entanto, o Fiat 500e se destaca pela agilidade no trânsito urbano e por suas características únicas, como o aviso sonoro para pedestres e ciclistas e o modo de condução “sherpa”, que permite estender ao máximo a autonomia do veículo.
Em conclusão, o Simea trouxe importantes discussões sobre o futuro da mobilidade sustentável no Brasil, destacando as alternativas disponíveis e a necessidade de regulamentar o mercado de créditos de carbono. Além disso, foram abordados temas relacionados ao investimento da BYD na Bahia e ao desempenho do Fiat 500e no mercado brasileiro. Com o avanço dessas tecnologias e ações, o país poderá garantir uma transição inteligente e viável para um futuro mais sustentável.