O PAC prevê a retomada de empreendimentos paralisados, aceleração daqueles que estão em andamento e seleção de novos projetos. Segundo o presidente, o programa é amplo e oferece diversas oportunidades de interesse para investidores dos países do Brics. Lula destacou os investimentos em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e projetos relacionados à energia solar, eólica e biomassa, além do etanol e do biodiesel.
Para Lula, é necessário estabelecer parcerias entre o governo e os empresários em todas as áreas, através de concessões, parcerias público-privadas e contratações diretas. Ele ressaltou a importância de garantir credibilidade, previsibilidade e estabilidade para o setor privado, de modo que o investimento volte a crescer e gerar desenvolvimento.
Um ponto importante abordado por Lula foi a utilização de uma moeda alternativa ao dólar para o comércio entre os países do Brics. Ele também destacou o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como banco dos Brics, como líder global no financiamento e plataforma estratégica para promover a cooperação entre os países em desenvolvimento. Lula ressaltou a necessidade de suprir as altas demandas de financiamento dos países em desenvolvimento, que são limitadas pelas instituições financeiras tradicionais.
Além disso, o presidente mencionou a relação do Brasil com os países africanos e destacou o potencial de crescimento desse continente. Ele salientou as oportunidades para produtos brasileiros, como alimentos, bebidas, petróleo, minério de ferro, veículos, e manufaturas de ferro e aço. Lula também ressaltou a importância da cooperação em áreas como agricultura e saúde.
Por fim, Lula defendeu a ampliação das conexões marítimas e aéreas entre os países do Brics e a África. Ele considera inexplicável a ausência de voos diretos entre São Paulo e cidades como Joanesburgo, Cairo e Dacar, que seriam essenciais para o aumento do fluxo de pessoas, comércio e turismo. Segundo ele, há uma proposta do Conselho Empresarial dos Brics para o estabelecimento de um acordo multilateral de serviços aéreos do grupo.
O presidente enfatizou a importância da integração das cadeias produtivas e o valor agregado aos bens e serviços produzidos de forma sustentável nos dois continentes. Ele acredita que é possível aproveitar as potencialidades das transições energética e digital para alcançar esse objetivo.