O projeto, de autoria da deputada Dani Monteiro (PSOL), agora aguarda a promulgação do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL). A vítima vivia no Brasil desde 2014 e trabalhava em um quiosque na praia da Barra da Tijuca. Ele foi espancado até a morte por colegas de trabalho enquanto cobrava suas diárias.
A deputada Dani Monteiro destacou que Moïse era um homem negro e refugiado, e foi assassinado simplesmente por exigir seus direitos trabalhistas mínimos. Segundo ela, esse trágico episódio evidencia o racismo estrutural presente no Brasil, assim como as dificuldades enfrentadas pelos refugiados para se integrarem e serem acolhidos no país.
Em fevereiro do ano passado, a prefeitura do Rio anunciou que os quiosques Tropicália e Biruta, localizados na praia da Barra da Tijuca, seriam transformados em um memorial em homenagem a Moïse e à cultura africana. A família do congolês terá a gestão de um dos espaços.
Na época, o secretário de Fazenda do Rio, Pedro Paulo, declarou que a proposta é que os quiosques empreguem refugiados africanos, de forma a promover a integração e o acolhimento dessas pessoas na sociedade brasileira.
Além disso, a família de Moïse Kabagambe aceitou administrar um quiosque no Parque Madureira, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Inicialmente, o município havia oferecido a concessão do quiosque Tropicália, onde o jovem foi morto, mas os familiares optaram por razões de segurança.
Essa iniciativa visa não apenas homenagear a memória de Moïse, mas também trazer visibilidade para a questão dos refugiados e combater o preconceito e a violência que eles enfrentam no Brasil. Ao dar o exemplo de acolhimento e integração por meio do emprego dessas pessoas nos quiosques, a cidade do Rio de Janeiro demonstra o compromisso em promover a diversidade e a inclusão social.