O IGP-10 é composto por três indicadores: IPA-10, IPC-10 e INCC-10. Em agosto, o IPA-10, que mede os preços no atacado, apresentou uma redução de 0,20%, contra uma queda de 1,54% em julho. Já o IPC-10, que mede os preços ao consumidor, registrou um recuo de 0,01% em agosto, após um aumento de 0,02% no mês anterior. O INCC-10, por sua vez, que mede os preços da construção civil, teve uma elevação de 0,17% em agosto, contra um aumento de 0,01% em julho.
No acumulado do ano, o IGP-10 teve uma queda de 5,32%. Já a taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 7,37%. Os preços foram coletados no período de 11 de julho a 10 de agosto para a elaboração do indicador.
Com relação aos preços agropecuários, medida pelo IPA agrícola dentro do IGP-10, houve um aumento de 0,16% em agosto, após uma queda de 3,40% em julho. Já os preços dos produtos industriais, mensurados pelo IPA Industrial, tiveram uma redução de 0,33% em agosto, contra um recuo de 0,83% no mês anterior.
No Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais registraram uma queda de 0,95% em agosto, ante uma redução de 0,97% em julho. Os preços dos bens intermediários caíram 0,37% em agosto, após uma queda de 1,31% em julho. Já os preços das matérias-primas brutas subiram 0,79% em agosto, contra uma queda de 2,38% em julho.
Esses dados indicam que a inflação continua em patamares baixos, refletindo a lenta recuperação da economia e a falta de pressões sobre os preços. A queda nos preços no atacado mostra uma demanda contida tanto no setor agropecuário quanto no industrial, o que pode ser reflexo das incertezas políticas e econômicas do país. No entanto, é importante destacar que apesar da desaceleração da inflação, o cenário econômico ainda apresenta desafios, como o alto índice de desemprego e a redução do poder de compra dos consumidores.