Investigação policial em Mato Grosso apura ação de indivíduos que ameaçam devedores por meio de tacos e chicotes.

A Polícia Civil de Mato Grosso está investigando um grupo que é suspeito de cometer crimes de extorsão e agiotagem na cidade de Cuiabá. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os suspeitos invadindo um escritório e dando um prazo de 30 minutos para a vítima efetuar um pagamento, sendo que um dos criminosos estava armado com um taco.

Em uma das filmagens, o grupo agride um homem em um estacionamento, utilizando um chicote. A vítima tenta se defender dos golpes e promete pagar a dívida em questão.

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá, também conhecida como Derf, informou que já possui a identificação de cinco pessoas que fazem parte desse grupo, porém, os nomes dos suspeitos não foram divulgados. A polícia não forneceu informações sobre a existência de advogados para representar os suspeitos.

De acordo com a Polícia Civil, os incidentes mostrados nos vídeos ainda não foram oficialmente registrados em uma delegacia e não há informações sobre quando exatamente ocorreram. No entanto, a polícia confirma que as gravações estão sendo investigadas e que os suspeitos que aparecem nelas estão sendo alvos das investigações.

Um dos indivíduos identificado como membro desse grupo de agiotas faleceu em um acidente de trânsito no último dia 16 de julho. O homem estava conduzindo uma motocicleta que colidiu em uma estrada em Chapada dos Guimarães, que fica a aproximadamente 70 quilômetros de Cuiabá.

Outro suspeito, também identificado como parte do grupo, foi preso no último dia 7, em uma rodovia na capital. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelo crime de extorsão contra uma mulher.

Em maio deste ano, a vítima, uma empregada doméstica, procurou a polícia e relatou que havia feito um empréstimo no valor de R$ 2.500 com o agiota. Ela começou a pagar as parcelas, mas não recebeu os comprovantes de pagamento.

Seis meses após o empréstimo, o suspeito teria cobrado R$ 7.000 da mulher. Ela questionou o valor, alegando que já havia quitado as parcelas e que o valor cobrado estava acima do montante inicial do empréstimo. No entanto, o agiota afirmou que o pagamento realizado por ela era referente apenas aos juros. No total, ele teria cobrado R$ 28 mil.

Em uma das mensagens enviadas à vítima e divulgadas pela Polícia Civil, o suspeito faz ameaças, afirmando que ela havia assinado documentos com uma dívida de R$ 28 mil e que eles estavam abatendo o valor que ela já havia pago. Ele também ameaçou a vítima, dizendo que ela não roubaria o dinheiro de outras pessoas e que, caso desejasse guerra, ele a teria, pois, para eles, dinheiro é sangue e eles iriam atrás dele.

A Polícia Civil continua investigando o caso e busca mais informações e evidências para responsabilizar os envolvidos nos crimes de extorsão e agiotagem.

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