De acordo com os dados apresentados, a carteira de crédito total do banco fechou junho em R$ 1,062 trilhão, um aumento de 14,4% em 12 meses. A Caixa concedeu R$ 259,1 bilhões em empréstimos no primeiro semestre, um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior. No segundo trimestre, foram emprestados R$ 132,5 bilhões, um aumento de 1,9% na mesma comparação.
O crédito imobiliário se destaca como principal segmento do banco, representando R$ 682,8 bilhões do saldo total de crédito. Esse valor representa um crescimento de 15% em relação a junho do ano passado. No primeiro semestre, foram concedidos R$ 85,4 bilhões em financiamentos imobiliários, considerando os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), o que indica um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2021.
A Caixa também é responsável por 67,5% dos financiamentos imobiliários no país e detém 99% de participação de mercado no Programa Minha Casa, Minha Vida, que atende famílias de renda mais baixa. No primeiro semestre, mais de 1,3 milhão de pessoas foram beneficiadas com a casa própria por meio do crédito imobiliário da Caixa, contribuindo para a criação de 581,1 mil empregos.
Além do crédito imobiliário, outras linhas de crédito também apresentaram crescimento. O crédito ao agronegócio encerrou o primeiro semestre com saldo de R$ 49,4 bilhões, um aumento de 60,5%. O estoque de crédito consignado atingiu R$ 102,8 bilhões, uma alta de 13,5%, e o saldo de crédito para infraestrutura somou R$ 98,5 bilhões, um aumento de 5,3%.
No que diz respeito às receitas e despesas, as receitas com prestação de serviços no primeiro semestre totalizaram R$ 12,5 bilhões, um aumento de 3% em relação ao ano passado. Já as despesas administrativas totalizaram R$ 19,8 bilhões, o que representa um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2021.
Em relação à inadimplência, houve um aumento, com as operações com mais de 90 dias de atraso passando de 1,73% no primeiro semestre de 2021 para 2,71% no mesmo período deste ano. No entanto, a Caixa ressaltou que esse aumento foi impactado por um caso específico e não informou detalhes sobre o mesmo. Considerado apenas o crédito imobiliário, o índice de operações com mais de 90 dias de atraso ficou em 2,1%, sendo que 95% dos financiamentos do setor têm nota entre AA e C, indicando baixo risco de inadimplência.
Com esses resultados positivos, a Caixa Econômica Federal reforça sua posição de destaque no mercado de crédito imobiliário no país e sua contribuição para o acesso à moradia e geração de empregos no primeiro semestre deste ano.