No entanto, Zeus não está sozinho nessa corrida pela supremacia dos lasers. Outros lasers de alta potência em instalações da Europa à Ásia também estão no páreo. O campo está crescendo e se expandindo, segundo Karl Krushelnick, diretor do Centro Gérard Mourou de ciência óptica ultrarrápida da Universidade de Michigan.
No Reino Unido, o laser Vulcan 20-20, que se tornará o mais poderoso do mundo quando for concluído em 2029, produzirá um feixe bilhões de vezes mais brilhante do que a luz solar mais intensa. Com um feixe capaz de produzir seis vezes mais energia do que é produzido em todo o mundo, este laser receberá cientistas de todo o mundo para realizar experimentos que ampliem a compreensão do cosmos, da fusão nuclear e até mesmo criem matéria desconhecida até hoje.
O Vulcan 20-20 permitirá que os cientistas realizem pesquisas astrofísicas no laboratório, recriando as condições de galáxias distantes para analisar o funcionamento interno de estrelas ou nuvens de gás. Além disso, os pesquisadores também usarão o laser para investigar a formação de novos materiais e alcançar a fusão nuclear, um avanço que poderia substituir as fontes de energia existentes por energia limpa que não libera gases de efeito estufa ou resíduos radioativos.
A busca pela supremacia dos lasers continua em todo o mundo, com pesquisadores explorando novas aplicações médicas e testando ideias sobre o estado do Universo. No entanto, apesar da competição pela potência e intensidade dos lasers, os pesquisadores enfatizam a importância de usá-los corretamente e para a realização de avanços científicos significativos. É sobre construir e usar esses lasers da maneira correta, afirma Rob Clarke, líder do grupo de ciência experimental da Central Laser Facility (CLF) no Reino Unido.