Ao analisar os resultados, Buffett destacou que a abundância de oportunidades de investimento se esgotou. O bilionário de 93 anos ressaltou que existem poucas empresas nos Estados Unidos que realmente fazem a diferença para a Berkshire e que essas companhias já foram minuciosamente avaliadas.
Apesar dos bons resultados financeiros, a Berkshire tem enfrentado desafios para encontrar negócios de grande porte, o que tem levado Buffett a acumular mais dinheiro do que consegue investir de forma rápida. Nos últimos anos, a empresa realizou aquisições significativas, como a compra de ações da Occidental Petroleum e a aquisição do conglomerado de seguros Alleghany.
Entre os investimentos da Berkshire, destaca-se o aumento da participação em empresas comerciais do Japão, que apresentaram lucros expressivos. A empresa também tem utilizado recompras de ações como estratégia diante da escassez de oportunidades atrativas de investimento.
Além disso, a Berkshire registrou um lucro recorde no último trimestre de 2023, impulsionado pelo aumento dos lucros de subscrição de seguros e renda de investimentos. No entanto, o conglomerado anunciou uma reestruturação de seus investimentos para 2024, aumentando a participação na petrolífera Chevron, reduzindo na Apple e vendendo todas as ações que possuía na empresa brasileira Stone, juntamente com outras três empresas.
Os lucros da Berkshire são acompanhados de perto como um indicador da economia dos EUA, devido à diversidade de seus negócios. A empresa alertou que os lucros em algumas áreas podem ser impactados pelo aumento das taxas de juros. A divulgação do balanço foi a primeira desde o falecimento de Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire, que teve seu papel elogiado por Buffett na carta aos acionistas.