Chegando ao Centro de Convivência Rodrigo Silva, o jornalista foi recebido por uma realidade desoladora. No pátio, encontrou uma variedade de pessoas, desde jovens até idosos, todos convivendo pacificamente. Após aguardar na fila do almoço, ele pôde desfrutar de uma refeição simples, porém palatável, no refeitório improvisado.
O jornalista contou com instalações controladas no abrigo, com banheiros razoavelmente limpos, áreas para fumar e máquinas de lavar roupa. Após o jantar, as pessoas se acomodavam em camas de metal espalhadas pelo refeitório para dormir. O jornalista, que se preocupava com possíveis roubos, tomou precauções e adormeceu rapidamente.
No dia seguinte, ele enfrentou mais filas para o café da manhã e testemunhou a chegada de uma multidão em busca de refeição. Com o pátio novamente lotado, o jornalista decidiu encerrar sua experiência no abrigo, distribuindo um cigarro e se retirando.
A estadia no abrigo proporcionou ao jornalista uma visão crua da realidade dos moradores de rua em São Paulo, com desafios como a espera em filas e a falta de privacidade. No entanto, também revelou a solidariedade e a convivência harmônica entre os residentes do abrigo, mostrando o lado humano em meio às adversidades. A experiência certamente deixou marcas e reflexões profundas no jornalista, que pôde vivenciar de perto uma realidade muitas vezes invisível para a sociedade.