Hang vem chamando essa prática de “amostradinhos do mês”, fazendo referência ao destaque dado ao “funcionário do mês” no varejo. Os vídeos foram postados no Tik Tok e no Twitter, mostrando os “amostradinhos de agosto” e “setembro”.
Em nota oficial, a Havan afirmou que, após a pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo de furtos nas lojas, mesmo contando com sistemas avançados de segurança. A empresa informou que tem acionado a Polícia Militar e registrado boletins de ocorrência, porém sem sucesso.
Luciano Hang declarou em sua conta no Twitter que as lojas da Havan possuem tecnologia de segurança avançada com inteligência artificial, que monitora os furtos. Os crimes foram registrados em diversas cidades do Brasil e envolvem homens e mulheres furtando roupas, maquiagens, perfumes e produtos eletrônicos.
Especialistas em direito afirmam que a exposição das pessoas sem consentimento na internet pode não ser proporcional ao crime cometido e podem gerar pedidos de indenização. A exposição dos “amostradinhos do mês” pela Havan vem gerando controvérsias sobre os limites entre justiça e exposição pública.
A Havan, fundada em 1986 em Brusque (SC), possui 179 lojas em todo o país e emprega mais de 20 mil funcionários. A prática de expor os supostos furtantes nas redes sociais acende o debate sobre o uso responsável das imagens e a linha tênue entre justiça e exposição pública.