O festival, que contou com apresentações musicais e performances com teor pornográfico, foi viabilizado em parte por emendas orçamentárias apresentadas pela vereadora. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra shows com músicas com palavrões e referências sexuais, além de uma simulação de sexo oral no palco.
Diante da situação, Paolla Miguel, que já era alvo de uma comissão processante na Câmara de Campinas, optou por se afastar do diretório nacional do PT por 30 dias. Em comunicado ao partido, ela afirmou que a decisão foi tomada para se defender com tranquilidade e altivez, bem como para evitar possíveis prejuízos à legenda.
A vereadora argumentou que a emenda que apresentou tinha como objetivo viabilizar a infraestrutura do evento e que desconhecia o teor das apresentações, com as quais disse não concordar. No entanto, o caso se tornou tema em meio à corrida eleitoral na cidade, com o pré-candidato a prefeito Rafa Zimbaldi (Cidadania) solicitando ao Ministério Público que a prefeitura e a vereadora reembolsem os cofres públicos em R$ 760 mil, valor correspondente ao custo do evento.
O episódio envolvendo a vereadora Paolla Miguel e a Festa da Bicuda destaca a importância da transparência e responsabilidade dos representantes políticos frente às suas ações e aos recursos públicos. A repercussão do caso demonstra como a conduta dos políticos pode impactar diretamente na imagem de seus partidos e na confiança da população.