A situação se complicou ainda mais quando ex-presidentes de diversos países, como México, Panamá, Costa Rica, Bolívia e Colômbia, embarcaram em um dos voos da companhia aérea para viajar até a capital venezuelana. Eles pretendiam atuar como observadores nas eleições que ocorreriam no domingo seguinte.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, confirmou o incidente e criticou a postura do governo da Venezuela. De acordo com Mulino, o bloqueio do espaço aéreo venezuelano foi uma ação unilateral que prejudicou diretamente os interesses panamenhos. Ele ressaltou que o Instituto Nacional de Aviação Civil da Venezuela não comunicou de forma adequada a decisão, o que gerou confusão e transtorno para os passageiros.
Martínez Acha enfatizou que o Panamá respeita os processos democráticos da Venezuela, mas não pode permitir que questões políticas interfiram nas operações de empresas panamenhas. Ele garantiu que o governo defende de forma enérgica os interesses das companhias aéreas do país e não irá tolerar interferências externas injustificadas.
Diante desse impasse diplomático, as relações entre o Panamá e a Venezuela podem sofrer novos atritos, evidenciando a fragilidade das relações bilaterais entre os dois países. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse episódio e espera por uma resolução pacífica e justa.