Esses números representam um aumento em relação ao boletim anterior, divulgado na tarde de sexta-feira (8), em que a velocidade do afundamento estava em 0,21 cm por hora, com um movimento de 5,2 cm nas 24 horas anteriores e um afundamento acumulado de 2,09 metros.
A Defesa Civil permanece em alerta devido ao risco iminente de colapso da mina 18. Uma nota conjunta das coordenações municipal, estadual e nacional de Defesa Civil, publicada na quinta-feira (7), apontou que a área com risco de colapso tem um diâmetro de 78 metros, três vezes o raio da mina 18, e é semelhante ao comprimento de uma piscina olímpica e meia.
Em virtude da gravidade da situação, a área foi evacuada, incluindo um hospital e a população localizada nos bairros Mutange, Pinheiro, Bebedouro e parte do Bom Parto e do Farol. Além disso, uma área de segurança foi estabelecida ao redor do ponto com maior risco de colapso, com a proibição do trânsito de pessoas.
Esse aumento no afundamento do solo é um desdobramento do desastre ambiental causado pela Braskem em Maceió, que teve início com relatos de danos no solo em Mutange em 2018, durante tremores de terra que fizeram ceder trechos de asfalto e causaram rachaduras em imóveis.
Após investigações, o Serviço Geológico do Brasil concluiu que as atividades de mineração da Braskem em uma área de falha geológica foram responsáveis pelo problema. A exploração do minério começou em 1979 e foi suspensa em 2019, um dia após a divulgação do laudo pelo Serviço Geológico, indicando a instabilidade das crateras causadas pelos poços de extração de sal-gema.
Diante do risco iminente de colapso, a situação permanece delicada e exige atenção constante das autoridades e empresas envolvidas, visando a proteção da população e a mitigação dos impactos ambientais.