Ultraconservadores tentam maquiar proposta do PL do Estuprador, agora mirando punição aos profissionais de saúde, o que pode aumentar mortes por aborto inseguro.

Recentemente, a sociedade brasileira tem se mobilizado contra um projeto de lei que ficou conhecido como PL do Estuprador ou PL da Gravidez Infantil. Essa pressão popular tem incomodado os ultraconservadores, que agora buscam uma maneira de suavizar a proposta sem perder o seu objetivo inicial.

Como resultado dessa pressão, foi noticiado que uma nova proposta está sendo elaborada, inspirada pela diretora do PL Mulher, Michelle Bolsonaro. Segundo informações, a ideia agora é punir os profissionais de saúde que realizarem abortos, em vez de criminalizar as mulheres que decidem interromper a gravidez.

Essa mudança de foco levanta preocupações sobre os potenciais impactos negativos que essa nova abordagem pode trazer. Com a possibilidade de punição aos profissionais de saúde, a realização de abortos inseguros feitos por conta própria pode aumentar significativamente. Isso coloca em risco a vida das mulheres, que podem recorrer a métodos perigosos e não adequados para interromper a gravidez, como o uso de agulhas de tricô, carvão e produtos químicos prejudiciais.

É importante ressaltar que, sem acesso a um aborto seguro no Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres mais vulneráveis serão as mais afetadas. Mulheres e meninas pobres serão as principais vítimas desse cenário, aumentando assim o número de mortes por complicações decorrentes de abortos inseguros.

Enquanto as mulheres mais ricas continuarão recorrendo a clínicas particulares para realizar procedimentos seguros, as mulheres de baixa renda serão as mais prejudicadas por essa mudança na legislação. Portanto, é fundamental que sejam adotadas medidas que garantam o acesso das mulheres a um aborto seguro e sem riscos para a sua saúde. A proteção da vida e da saúde das mulheres deve ser prioridade em qualquer discussão sobre esse tema sensível e importante.

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