O ministro da Defesa ucraniano, Volodimir Zelenski, anunciou a criação dessa unidade especial que visa reforçar as fileiras militares do país. A lei da mobilização, aprovada em maio, facilita a identificação de potenciais recrutas e oferece incentivos, como bônus em dinheiro para comprar casa e carro, atraindo assim mais pessoas para se alistarem.
Uma nova estratégia está sendo implementada para recrutar centenas de milhares de homens ucranianos que vivem em países europeus, principalmente na Polônia e Alemanha, incluindo aqueles que fugiram ilegalmente por medo de serem alistados. O ministro Rustem Umerov anunciou que os ucranianos nessas regiões podem se unir à defesa ucraniana assinando um contrato com as Forças Armadas.
Essa iniciativa faz parte de um acordo de segurança bilateral entre Ucrânia e Polônia, assinado recentemente. A unidade de voluntários será treinada na Polônia e equipada com armas ocidentais, antes de ser mobilizada na frente de batalha na Ucrânia. As autoridades ucranianas buscam convencer os cidadãos com a promessa de treinamento na Europa e equipamentos modernos, contrastando com a falta de equipamentos e rumores de envio de recrutas jovens mal treinados.
A tentativa de recrutamento gerou ressentimento, especialmente devido a escândalos de corrupção no Exército, incluindo o sistema de subornos para evitar o alistamento. Enquanto isso, a Rússia e Ucrânia permanecem em conflito desde fevereiro de 2022, sem perspectiva de uma trégua à vista. A mobilização de civis em países europeus é um esforço do governo ucraniano para fortalecer suas defesas e garantir a segurança nacional em meio a um cenário de guerra prolongada.