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TSE nega recurso de Bolsonaro e mantém decisão de inelegibilidade por oito anos

O ministro Benedito Gonçalves, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), votou contra um recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro contra a decisão do tribunal que o tornou inelegível por oito anos. O recurso está sendo analisado em um julgamento virtual e Benedito foi o primeiro a votar, com os demais ministros tendo até o dia 28 de setembro para também votarem.

Os recursos foram apresentados pela defesa de Bolsonaro em agosto e questionam pontos da decisão do TSE que reconheceu, por 5 votos a 2, o abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores realizada em julho do ano passado.

Com a decisão, Bolsonaro, que tem 68 anos, só poderá se candidatar novamente em 2030, quando terá 75 anos. Isso significa que ele ficará afastado de três eleições, incluindo a eleição nacional de 2026.

Na ocasião do julgamento, além de Benedito, os ministros Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes também votaram pela inelegibilidade do ex-presidente. Já Raul Araújo e Kassio Nunes Marques manifestaram-se para livrar Bolsonaro da acusação.

A ação que resultou na inelegibilidade de Bolsonaro foi movida pelo PDT e teve como foco a reunião ocorrida em julho do ano passado com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Durante essa reunião, a poucos meses das eleições, Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, além de buscar desacreditar os ministros do TSE.

Essa decisão do TSE representa um marco na história política do país, já que se trata da inelegibilidade de um ex-presidente. Agora, resta aguardar os demais votos dos ministros do TSE e acompanhar o desenrolar desse processo jurídico que terá consequências significativas para o futuro político de Bolsonaro.

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