Durante o anúncio, Cármen Lúcia destacou a gravidade do discurso de ódio direcionado às mulheres, classificando-o como vil, cruel, sexista, misógino e especialmente prejudicial não apenas para as mulheres, mas também para suas famílias. Segundo a ministra, esse tipo de discurso acaba por sufocar a liberdade e o direito das mulheres de participarem ativamente da vida política do país.
O principal objetivo do observatório será mapear e monitorar casos de violência política de gênero, garantindo que denúncias e ações relacionadas tenham prioridade nos Tribunais Regionais Eleitorais e no próprio TSE. A portaria que oficializa a criação do Observatório dos Direitos Fundamentais Políticos da Mulher já foi assinada, e em breve serão divulgados mais detalhes para entidades da sociedade civil interessadas em participar da iniciativa.
Além disso, o TSE também anunciou o lançamento de uma campanha de combate à desinformação durante o período eleitoral, com um canal específico para denúncias de fake news, o número 1491. Os ministros aprovaram, ainda em fevereiro, uma resolução que regulamenta o uso de inteligência artificial nas campanhas eleitorais, proibindo expressamente a disseminação de fake news manipuladas por esse tipo de tecnologia, conhecidas como deep fakes.
Diante dessas ações e iniciativas do Tribunal Superior Eleitoral, espera-se um ambiente mais seguro e inclusivo para as eleições municipais que se aproximam, garantindo a participação ativa das mulheres na política e combatendo a desinformação que pode comprometer a lisura do processo eleitoral.