Com massas 38 e 34 vezes maiores do que a de Júpiter, respectivamente, as duas anãs marrons estão localizadas a cerca de 19 anos-luz do nosso sistema solar, na constelação Lepus. Esse fato é considerado próximo na escala cósmica, levando em consideração que um ano-luz equivale a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.
A raridade das anãs marrons binárias torna essa descoberta ainda mais fascinante. Orbitando uma em torno da outra a cada 12 dias, as duas anãs marrons estão separadas por uma distância de apenas 16 vezes a que existe entre a Terra e a Lua. A proximidade entre elas é semelhante apenas a outro par de anãs marrons conhecidas.
Diferentemente de planetas e estrelas, as anãs marrons ocupam uma posição intermediária entre esses dois tipos de astros. Elas são consideradas estrelas em potencial que, durante sua formação, não atingiram a massa necessária para iniciar a fusão nuclear em seus núcleos. No entanto, são maiores do que os maiores planetas conhecidos.
Segundo Sam Whitebook, estudante de pós-graduação no Caltech, as anãs marrons são definidas como objetos que podem queimar uma forma específica de hidrogênio, o deutério, mas não conseguem fundir o hidrogênio comum. Isso faz com que elas emitam uma luz fraca, enquanto esfriam ao longo do tempo.
Essa descoberta reforça a importância da pesquisa e do avanço da astronomia na busca por compreender melhor o funcionamento do universo e dos corpos celestes que o compõem. A investigação contínua desses fenômenos pode fornecer informações valiosas sobre a formação e evolução do cosmos.