Segundo a agência de notícias estatal da Mauritânia, a guarda costeira conseguiu resgatar nove sobreviventes, incluindo uma menina de cinco anos, após o naufrágio da embarcação que transportava 170 pessoas. As autoridades locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido, mas relatos de moradores e do presidente da associação de pescadores da cidade de Ndiago indicam que o número de mortos pode chegar a 105.
Yali Fall, presidente da associação de pescadores, relatou que os corpos das vítimas estão sendo enterrados desde segunda-feira, em uma triste cena que evidencia a gravidade da situação. Este incidente ocorre em um momento em que a crise migratória atinge níveis alarmantes, com um número sem precedentes de quase 5 mil imigrantes mortos no mar nos primeiros cinco meses de 2024, de acordo com o grupo Walking Borders.
As chegadas às Ilhas Canárias também aumentaram significativamente em comparação com o ano anterior, ultrapassando 16.500 pessoas. Este cenário reforça a necessidade de políticas mais eficazes para lidar com a questão migratória e evitar novas tragédias como a ocorrida na Mauritânia. A comunidade internacional precisa se mobilizar para garantir a segurança e a dignidade dos migrantes que arriscam suas vidas em busca de um futuro melhor.