A última vez que a Torre Eiffel recebeu uma nova camada de tinta foi há 14 anos, o que representa o dobro do período habitual de sete anos. A falta de manutenção, agravada pela pandemia de covid-19, tem deixado a ferrugem visível nos pés do monumento, evidenciando o estado avançado de deterioração em que se encontra.
Os funcionários aguardam um acordo com a prefeitura de Paris para retomar as obras e reabrir o monumento aos visitantes, reconhecendo que a situação tem causado frustração aos turistas que sonham em subir ao topo da icônica estrutura de ferro. Desde segunda-feira (19/02), milhares de visitantes têm encontrado as portas fechadas, gerando um prejuízo potencial de cerca de 70 mil entradas ou mais de € 1 milhão. Além disso, a direção não divulgou informações sobre o número de cancelamentos de reservas.
Essa não é a primeira vez que a torre enfrenta dificuldades devido a movimentos sociais. Recentemente, no dia 27 de dezembro, data em que se comemorava o centenário da morte de Gustave Eiffel, o engenheiro responsável pela construção do monumento, a torre também foi fechada durante uma greve.
A situação econômica da Torre Eiffel também foi afetada pela pandemia, resultando em uma perda de cerca de € 120 milhões em receitas nos últimos dois anos. No entanto, apesar dos desafios, o monumento recebeu um número superior de visitantes em 2021 do que antes da crise sanitária, com um total de 6,3 milhões de pessoas.
Por enquanto, os turistas continuam aguardando a reabertura da Torre Eiffel e os trabalhadores aguardam a autorização para iniciar os trabalhos de manutenção que garantirão a preservação desse ícone parisiense.