A Vivendi tem tentado barrar o negócio de € 22 bilhões (R$ 115 bilhões), valor que será pago pelo KKR. A companhia francesa de mídia argumenta que a venda não poderia ter sido fechada por menos de € 30 bilhões (R$ 157,8 bilhões). No entanto, a transação avançou mesmo com essa oposição.
A expectativa é de que a TIM Brasil se beneficie com essa venda, já que a operadora italiana pretende utilizar os recursos para reduzir sua dívida em € 14 bilhões (R$ 73,6 bilhões), abrindo espaço para buscar crédito. Esse crédito, segundo executivos envolvidos nas negociações, será utilizado principalmente para financiar a expansão da TIM Brasil nas redes 4G e 5G.
O acordo com o fundo de private equity dos Estados Unidos só foi possível porque o governo italiano manterá uma participação minoritária na Telecom Italia, mantendo assim sua influência sobre a empresa. Essa participação foi crucial para viabilizar a transação.
A TIM Brasil é uma das principais operadoras de telefonia móvel do país e a venda da rede de telefonia fixa da Telecom Italia para o KKR pode impulsionar ainda mais a sua presença no mercado brasileiro. Com a redução da dívida da controladora, a TIM Brasil poderá contar com um reforço financeiro para expandir sua infraestrutura e ofertas de serviços, melhorando sua competitividade.
A venda da rede de telefonia fixa também indica que a Telecom Italia está concentrando seus esforços e investimentos na área de telefonia móvel. Com a crescente demanda por dados e o avanço das tecnologias 4G e 5G, a operadora italiana vê na TIM Brasil uma oportunidade de crescimento e lucratividade.
Por fim, a transação entre a Telecom Italia, a TIM Brasil e o fundo KKR deverá ser concluída nos próximos meses, sujeita à aprovação dos órgãos reguladores e das condições contratuais. Enquanto isso, o mercado aguarda para ver como essa venda afetará as operações e estratégias da TIM Brasil no Brasil.