Terremoto no Marrocos deixa milhares de mortos e interrompe os sonhos futuros de uma criança esmagada em seu berço.

No dia 8 de março, uma tragédia abalou a região sul de Marrakech, no Marrocos. Um terremoto de magnitude 6,8 deixou quase 3.000 mortos, incluindo Wissal Abdullah, uma criança de um ano e meio que estava em seu berço no momento do desastre. Se Wissal não tivesse perdido sua vida naquela noite, ela teria uma vida dura, mas cheia de momentos de felicidade nas montanhas marroquinas.

Nascida em uma pequena aldeia com cerca de 150 habitantes, Wissal teria seguido o exemplo de sua mãe, Rafida, e de sua avó e bisavó. Sua trajetória incluiria frequentar a escola da aldeia a partir dos seis anos, onde aprenderia árabe, a segunda língua oficial do país. Além disso, ela também aprenderia francês, herança da colonização francesa no passado.

Aos 12 anos, Wissal passaria para a escola de Ouirgane, a seis quilômetros de sua aldeia. Antigamente, essa jornada seria difícil, pois só era possível ir a pé ou de mula. No entanto, há 16 anos uma estrada de terra foi construída, facilitando o acesso dos moradores locais.

Na aldeia, a menina ajudaria seus pais nos afazeres diários, como cuidar dos animais, colher alimentos e acompanhar a mãe nas tarefas do dia a dia. Além disso, ela frequentaria a mesquita da aldeia, onde aprenderia os princípios do Islã.

Quando chegasse à juventude, Wissal teria a oportunidade de buscar uma educação superior na cidade grande, desde que seus pais tivessem condições financeiras para sustentá-la por mais alguns anos. Caso permanecesse na aldeia, ela se casaria e começaria sua própria família. O pretendente precisaria organizar uma festa de noivado, onde todos os parentes seriam convidados para celebrar a união.

Juntos, Wissal e seu marido construiriam sua própria casa, utilizando técnicas tradicionais de construção com tijolos de barro e pedras. O casal teria três ou quatro filhos, e a vida seria dedicada às tarefas domésticas e ao cuidado da família.

No entanto, essa é apenas uma suposição do que a vida de Wissal poderia ter sido. Infelizmente, a morte traz consigo não apenas a perda do presente, mas também a perda de todas as possibilidades futuras. A tragédia do terremoto privou Wissal de uma vida que poderia ter sido dura, mas cheia de momentos de felicidade nas montanhas do Marrocos.

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