Analistas apontam que a tentativa de golpe militar fracassada acabou aprofundando ainda mais a divisão no país às vésperas das eleições de 2025, mergulhando a nação em uma profunda confusão política. Enquanto Morales inicialmente comemorou o fracasso do levante, em seguida ele acusou Arce de ter realizado um “autogolpe”, em uma ironia que não passou despercebida.
É interessante notar que a esquerda boliviana e latino-americana tem sido historicamente contrária aos golpes militares, que marcaram a região ao longo do século XX. Portanto, ver dois líderes de esquerda em confronto por questões de poder e estratégia política certamente chama a atenção e gera preocupações sobre a estabilidade institucional do país.
A situação é delicada e incerta, com os ânimos acirrados e as forças políticas polarizadas. A Bolívia, que já enfrentou momentos de turbulência política no passado, parece estar novamente à beira de uma crise que pode ter desdobramentos imprevisíveis. Resta agora aguardar os próximos capítulos dessa trama política e torcer para que o país encontre uma saída democrática e pacífica para seus conflitos internos.