Tensões entre comunidade LGBTQIAPN+ e governo de El Salvador aumentam em meio a demissões e censura cultural

Em meio a um cenário de intolerância e retrocessos políticos, a Comunidade Santa María Magdalena tem sido um refúgio para pessoas como Andrea Ordóñez, uma farmacêutica de 30 anos. Essa comunidade de inspiração anglicana se autodefine como “radicalmente inclusiva”, oferecendo um espaço de acolhimento em tempos conturbados.

O presidente Nayib Bukele, reeleito recentemente por mais cinco anos, tem adotado uma postura conservadora, surpreendendo aqueles que esperavam que ele apoiasse as reivindicações LGBTQIAPN+. Apesar de suas promessas anteriores, Bukele tem tomado medidas consideradas prejudiciais pelo movimento LGBTQIAPN+.

Recentemente, o presidente demitiu 300 funcionários do Ministério da Cultura, alegando que promoviam agendas contrárias à visão de seu governo, que preza pela “família tradicional”, pela “fé” e pela “vida”. Além disso, uma peça LGBTQIAPN+ que havia sido aprovada pelo Ministério da Cultura no Teatro Nacional foi cancelada após sua primeira apresentação, gerando revolta na comunidade.

De acordo com Luis Chávez, um homem gay que atua como pastor na Comunidade Santa María Magdalena, as declarações do presidente Bukele, que rotulou as pessoas LGBTQIAPN+ como “antinaturais, anti-deus, anti-família”, as colocam em uma situação vulnerável e expõem a falta de respeito e empatia por parte do governo.

Diante desses retrocessos, a população LGBTQIAPN+ e seus apoiadores se encontram em um momento delicado, buscando formas de resistir e se proteger em um contexto cada vez mais hostil. A Comunidade Santa María Magdalena se destaca como um oásis de acolhimento e inclusão em meio a tempos difíceis para a comunidade.

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