Tarcísio de Freitas: O primeiro ano de um governo marcado pelo morde e assopra político e pelo confronto com bolsonaristas.

O governador Tarcísio de Freitas, alçado à política pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, do partido PL, viveu seu primeiro ano à frente do governo de São Paulo em meio a tensões com a base bolsonarista, mas também com algumas vitórias e avanços em sua gestão.

Um dos principais embates foi a aprovação da privatização da Sabesp na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), principal objetivo do governador para o ano. Apesar das tensões com o bolsonarismo raiz, Tarcísio conseguiu a aprovação do projeto, mostrando sua força diante dos desafios.

Além disso, o governador enfrentou críticas na área da educação, com o lançamento de cartilhas com erros para os estudantes e denúncias de violações durante a Operação Escudo, no litoral paulista. Também houve tensões na segurança, com a política linha-dura que resultou no aumento da letalidade policial e gestos controversos, como o de “arminha” com a mão, que desagradaram parte da base bolsonarista.

A relação com Bolsonaro também se mostrou cada vez mais tensa ao longo do ano, culminando em declarações do ex-presidente afirmando que “não está tudo certo” em sua relação com Tarcísio, após um elogio ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) e a sanção de um projeto de lei que instituiu o feriado do Dia da Consciência Negra no estado.

Os bolsonaristas se sentiram insatisfeitos com a falta de espaço no governo e a defesa de Tarcísio da reforma tributária, contrariando as posições de Bolsonaro. O descontentamento resultou na formação de um bloco independente na Alesp, composto por deputados bolsonaristas.

Apesar das adversidades, Tarcísio conseguiu aprovar o principal projeto do ano, a privatização da Sabesp, demonstrando força e habilidade política diante das tensões com a base bolsonarista. Para o próximo ano, o governador busca aparar arestas na relação com os deputados bolsonaristas, prometendo não aumentar o ICMS e ampliar as escolas cívico-militares.

Em relação à segurança e ao agro, a gestão de Tarcísio adotou uma postura linha-dura, enfrentando críticas pelo aumento da letalidade policial e fazendo acenos à base conservadora. A administração também enfrentou desafios na área da educação, com lançamento de cartilhas com erros, e na gestão da cracolândia, área que o governador destacou como prioridade para o próximo ano.

Apesar das oscilações e desafios enfrentados, a gestão de Tarcísio destacou como pontos positivos a entrega de 18 mil unidades habitacionais, mutirões de cirurgias e a concessão do Rodoanel Norte. Para o próximo ano, as prioridades incluem a melhoria da segurança e a continuidade da agenda de privatizações.

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