A campanha de Tabata argumenta que Marçal utilizou estratégias proibidas pela lei eleitoral, como distribuição e venda de bonés e produtos ligados à sua campanha através de promoções na internet. Além disso, reportagens da Folha indicaram propaganda em favor do candidato paga por terceiros, desrespeitando as regras sobre impulsionamento na internet.
Segundo os advogados da candidata do PSB, Marçal teria criado uma máquina de abuso na internet, utilizando recursos irregulares para impulsionar milhares de anúncios com conteúdo político-eleitoral. A ação pede que Marçal seja proibido de usar as estruturas de suas empresas para fins de propaganda eleitoral.
A investigação também solicita que plataformas como Meta, ByteDance (do TikTok) e Google informem sobre os valores pagos ao influenciador ou às suas empresas entre abril e setembro. A ação requer ainda que as plataformas identifiquem e impeçam o impulsionamento de conteúdo que não seja feito pela campanha eleitoral credenciada ou pelo próprio candidato e seu partido.
Em agosto, a Justiça Eleitoral já havia determinado a suspensão dos perfis de Marçal nas redes sociais, alegando que os concursos de cortes promovidos pelo candidato poderiam configurar abuso de poder econômico. Marçal, por sua vez, nega ter cometido irregularidades eleitorais e atribui as ações controversas a supostos apoiadores.
Diante das acusações e da judicialização do caso, a campanha de Pablo Marçal permanece em silêncio, sem responder às demandas e contestações apresentadas por Tabata Amaral. O embate entre os dois candidatos promete continuar em meio a um cenário eleitoral conturbado e cheio de incertezas.